sexta-feira, 14 de março de 2025

Mudanças do OSRIC em relação ao AD&D

(Tradução, com permissão do autor, do texto presente em [1], publicado em novembro de 2022)

"Vou manter esta lista atualizada no futuro, pois há muitos detalhes notáveis." {O autor}
  • Guerreiros recebem 1 proficiência extra em armas.
  • Guerreiros têm a regra opcional de Especialização do Unearthed Arcana (UA).
  • O ataque em varredura [sweep] dos Guerreiros é detalhado no OSRIC. Ele existe no AD&D, mas está escondido na seção de ataques por rodada, após a entrada do Ranger.
  • Somente Guerreiros têm sweep no OSRIC; no AD&D, é provável que todas as subclasses de Guerreiro também o tenham. (Diferença na notação 'Guerreiros' vs. 'guerreiros')
  • Classes possuem atributos mínimos extras sem impacto significativo (ex.: Clérigos no AD&D só precisam de Sabedoria 9, enquanto no OSRIC precisam de Força 6, Destreza 3, Constituição 6, Inteligência 6, Sabedoria 9 e Carisma 6).
  • Diferenças nos detalhes de pontuações extremas de atributos (fora da faixa normal de geração de personagens).
  • Diferenças nos cabeçalhos de atributos (testes menores e maiores de Força).
  • Meio-elfos não podem ser druidas.
  • Elfos, Gnomos e Anões só podiam ser Clérigos NPCs no AD&D, mas agora podem ser PJs. Meio-orcs são limitados a nível 15 como Assassinos e nível 7 como Ladrões.
  • Assassinos recebem -3 em armas não proficientes em vez de -2.
  • Não existem classes de Monge, Psionista ou Bardo.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Mudanças de AD&D para AD&D 2e

(Tradução, com permissão do autor, do texto presente em [1], publicado em março de 2023)

"Este será mais um daqueles posts que continuam sendo atualizados e referenciados cerca de uma vez por mês. Conforme eu pensar em mais mudanças, atualizarei esta postagem no blog." {O autor}

Mudanças de AD&D1e para AD&D2e

As mudanças em negrito são as mais impactantes na forma como os dois sistemas se desenrolam em jogo. [n.t.; aqui no blog colocaremos em amarelo, em função do negrito não destacar tanto normalmente]

Mudanças gerais

  • Personagens multiclasse foram enfraquecidos (clérigos multiclasse limitados a armas de clérigo, magos multiclasse limitados a armaduras não metálicas).
  • Construção de fortalezas, especialmente para magos? Assim, menos ênfase no potencial de jogo de domínio.
  • Padronização estranha de dezenas de jardas, resultando em dezenas de pés no 1e sendo convertidos para dezenas de jardas no 2e. Uma Fireball de 10º nível pode viajar 200 pés no 1e, mas 330 pés (ou 110 jardas) no 2e.
  • Listas de feitiços consolidadas em apenas feitiços de mago e sacerdote, divididos por escola. Isso altera o nível efetivo em que certas classes acessam determinados feitiços.
  • Demônios renomeados para Tanar’ri, diabos renomeados para Baatezu, etc.
  • Muitos monstros foram alterados entre edições (exemplo: dragões ficaram mais poderosos).
  • XP por ouro foi substituído por um sistema mais arbitrário (XP por missão, interpretação, etc.), aumentando o XP dado por monstros, enquanto o XP por itens mágicos foi mantido*.
  • (Opcional) Embora as proficiências não relacionadas a armas [NWP: non-weapon proficiencie] fossem consideradas opcionais, vale notar que elas foram incorporadas ao jogo central, pois a maioria dos produtos 2e faz referência a elas. Por exemplo, a habilidade de rastreamento do Ranger agora se refere diretamente à proficiência de rastreamento.
  • O 2e introduziu categorias de tamanho acima de Grande.
  • Além da reorganização dos feitiços em duas listas, alguns feitiços mudaram de forma sutil. Exemplo: Command permaneceu quase idêntico, mas seu alcance aumentou de 10 pés para 30 jardas.
  • Muitos feitiços agora têm um limite máximo de poder. Exemplo: Fireball agora tem um limite de 10 dados.

sábado, 8 de março de 2025

Por Que Incluo Coisas Horríveis em Minhas Campanhas de RPG de Mesa

(Tradução, com permissão do autor, do texto presente em [1], publicado em janeiro de 2025)

“Nos novos livros, os elementos mágicos e épicos são combinados com personagens que possuem paixões genuínas, preocupações adultas e motivos complexos. Parece que, nos melhores deles, em breve não poderemos mais descobrir heróis ou heroínas, mas sim ler sobre pessoas reais. Será interessante ver se a forma conseguirá suportar essa tensão!” + The Heros and The Heroines, Michael Moorcock

Um tópico que surge de tempos em tempos nas discussões sobre jogos de RPG é a questão do que é apropriado incluir em um jogo. O que deveria [2] ser permitido?

A resposta curta que dou é: o que quer que o designer, o editor e os jogadores do jogo desejem.

 

Velho argumento. Mídia diferente.


Pouco depois da publicação dos primeiros quadrinhos, surgiu uma discussão sobre o que deveria estar neles [3]. Isso resultou na criação da Comics Code Authority, um acordo entre as principais editoras e distribuidoras para censurar os quadrinhos. Esse código desapareceu porque as editoras encontraram maneiras de contornar os censores e os livros com temas mais maduros fizeram enorme sucesso.

Houve muitos debates sobre se temas maduros deveriam ser "permitidos" nos RPGs de mesa. De modo geral, esse conteúdo tem sido evitado. Embora as empresas de jogos tenham estabelecido diretrizes de conteúdo desde os anos 80, não há uma autoridade que impeça alguém de publicar o que quiser.

O que impediu os jogos com temas sombrios de se tornarem populares foi a mentalidade dentro do próprio hobby.


Entusiastas de RPG que querem jogos maduros foram deixados de lado


Os principais editores de RPG evitam criar jogos para públicos maduros porque, sempre que o fazem, são acusados (por uma minoria pequena, mas barulhenta) de serem pessoas horríveis que defendem crenças terríveis ou incentivam comportamentos terríveis.

Se aplicarmos essa lógica a outros meios de entretenimento, a estupidez dessa ideia se torna evidente.

Esse é o mesmo tipo de retórica usada para atacar a música heavy metal durante o Pânico Satânico dos anos 80.


Culpa por associação


Uma das razões pelas quais jogadores evitam comprar RPGs com material maduro é que essa mesma acusação absurda é feita contra qualquer um que tenha interesse em jogar um desses jogos.

"Oh, você gosta desse jogo? Então você deve ser um sexista / psicopata / pervertido / racista / fascista / comunista / imperialista..."

domingo, 2 de março de 2025

Definindo Dungeons

(Tradução, com permissão do autor, do texto presente em [1], publicado em fevereiro de 2023)

"Uma breve classificação das 'dungeons' (enquanto locais de aventura estruturados), baseada em seus tamanhos..."

Ainda estamos aqui nos primeiros dias frios de 2023, e o mundo dos blogs de RPG continua entusiasmado com o desafio Dungeon 23, uma ideia inspirada de Sean McCoy para criar uma grande masmorra ao longo do ano de 2023, escrevendo apenas uma entrada de sala por dia. Quem sabe quantos persistirão através do longo ano, mas vou usar meu cartão de "velho experiente" e contestar o termo "megamasmorra" para algo com meros 365 cômodos. Claramente, esse desafio está criando uma masmorra muito grande, mas será que é realmente uma megamasmorra? Não concederei esse título. Eu classifico esse tamanho como a respeitável e honrada kilomasmorra, que já é impressionante o suficiente.

Sempre classifiquei masmorras (neste caso, qualquer estrutura de aventura tradicionalmente preenchida, não apenas do tipo subterrâneo) em quatro categorias: Covis, Masmorras, Kilomasmorras e Megamasmorras. Isso não apenas significa que não deveríamos conceder o termo "megamasmorra" à maioria dos produtos publicados com esse nome, mas também implica que a grande maioria das "masmorras" publicadas provavelmente nem deveria receber essa honra.